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30 de julho de 2009

Capítulo 5 - o amor tem infinitas possibilidades...

Cap 5 - o amor tem infinitas possibilidades...

Quando eu abri os olhos novamente, o dia estava claro
E eu ainda estava deitada no ombro do Rob
Por um momento fiquei paralisada de vergonha.
Talvez eu conseguisse me mexer, antes que ele percebesse, mas antes que eu pudesse fazer o que quer que fosse, ele riu.
E eu o soltei, o fitando com cara de sono
-oh meu deus, nós dormimos mesmo aqui?
-parece que sim
Eu ri, feito uma idiota.
Aquilo deveria estar me exasperando, mas eu estava nem um pouco preocupada.
Levantei o rosto para o céu ainda nublado aspirando o ar da manhã. Era a coisa mais louca que eu tinha feito na vida.
É, realmente eu era mais provinciana do que imaginava
Ele levantou e estendeu a mão para mim, me puxando.
-se nos pegarmos aqui talvez sejamos presos – falou com falsa preocupação
-e lá se vai minha fama de boa moça
-é assim que começa...
Nós entremos no carro e ele deu partida
-este é meu medo. Acho que você esta me levando pra mal caminho, senhor Pattinson
Ele me fitou com um sorriso de lado
-só se você quiser
Ok, aqueles sorrisos dele me deixava nervosa as vezes. Ou sempre.
Eu desviei o olhar pra janela do carro.
-vou acreditar em você, Cláudia
-Você não vai esquecer isto, não é?
-Claro que não. Talvez eu diga numa coletiva
-eu já fiz isto.
-Estraga prazeres.
-Vai ter que descobrir outro segredo
-Então conte-me
-talvez outro dia – ele parou o carro em frente a minha casa
Quando estava na minha porta, percebi que ele tinha saído do carro e estava atrás de mim
-hei, Kristen
-o que?
-cadê seu roteiro?
E coloquei a mão na boca alarmada
-eu esqueci lá!
Ele riu e me mostrou o calhamaço
-e eu que sou o irresponsável...
Eu peguei o script de suas mãos
-de novo nós não ensaiamos.
-noite improdutiva?
Eu sorri e me virei
-depende do ponto de vista
-hei Kris
-O que...? - indaguei entre impaciente e divertida
Para meu espanto, ele me puxou pela cintura, uma mão na minha camiseta enquanto a outra estava no bolso do meu jeans.
-tem algo meu com você – ele falou no meu ouvido, o hálito quente fez cócegas e um arrepio subiu pela minha espinha. Mas antes que eu pudesse sequer analisar o que estava rolando, ele me soltou e se virou entrando no carro.
Eu fiquei parada no mesmo lugar, me sentindo meio tonta.
O que era algo extremamente ridículo. Eu ri de mim mesma.
Entrei em casa ainda rindo e meu celular estava tocando.
Era a assistente de Catherine. Ela queria me ver o mais breve possível. Eu esperava não estar com problemas.
Olhei o relógio, não teria muito tempo pra me arrumar e sair.

Ele já estava lá, na sala da Catherine quando entrei
-Quem bom que resolveu se juntar a nós, Kristen
-me desculpe pelo atraso. Dormi demais
Olhe pra Robert e ele piscou pra mim, eu senti meu rosto vermelho.
Sentei na cadeira ao seu lado e encarei Catherine, se continuasse olhando pra ele ia começar a rir também.
-Então, como vai os ensaios?
Nós nos fitamos, dando de ombros
-vai bem – eu disse
-muito bem – ele completou
-então não preciso me preocupar com isto?
-Não – respondemos juntos e rimos, como se compartilhássemos um grande segredo
-não estão tendo nenhum problema com o texto? Precisam de alguma ajuda?
-esta tudo sob controle – eu respondi - não é? - eu o fitei tentando soar séria, mas ele se inclinou e retirou uma folha do meu cabelo
- dormiu no mato Kristen?
Ok, desta vez eu devia ter ficado roxa de vergonha
-engraçadinho
-muito bem, crianças, se esta tudo bem, vou confiar em vocês, as gravações começam daqui uma semana, qualquer coisa me procurem.
-pode deixar Catherine
Nós saímos da sala da diretora e caímos na gargalhada
-aquele comentário de dormir no mato foi muito idiota
-esta com fome? - ele perguntou ignorando minha observação
-sim estou
-então vamos comer. Hoje é por minha conta
-gostei disto
Ele me levou num restaurante mexicano, onde tomamos litros de pepsi e falamos bobagens.
Depois andamos sem rumo pelas ruas de Portland como dois desocupados que não tinha nada melhor pra fazer. Mas a gente tinha, eu me lembrei meio culpada, quando entramos numa destas book store.
-Rob, a gente precisa mesmo dar uma olhada no roteiro.
Ele olhava distraído os CDs numa prateleira
-mas nós vamos... Já ouviu isto aqui? - ele colocou um CD na minha mão
-Não
-é bom. Leva – falou enquanto pegava mais CDS e ia colocando na minhas mão
-pra que preciso de tudo isto?
-porque é bom
-ótimo – ironizei e joguei tudo na prateleira de novo
-Quando vou ouvir sua música?
Ele me fitou dando de ombros
-um dia destes
-eu vou cobrar
Fomos para a parte de DVD e claro que eu zoei muito com a cara dele, quando vi um Harry Potter.
-Este é bom – ele ignorou minhas piadas e jogou pra mim uma versão de O ultimo tango em Paris
-eu nunca vi
-então vamos ver hoje
-achei que fossemos ensaiar hoje
-ainda temos uma semana
-sabia que você ia inventar alguma coisa...
-Vamos ver alguns livros
-vai me obrigar a comprar um monte de livro também?
Ele segurou minha mão, me puxando
-posso te obrigar a fazer muitas coisas - falou com malícia
-só nos seus sonhos. - respondi entrando na brincadeira
-você pode se surpreender e até gostar
-estas suas táticas devem funcionar na Inglaterra não aqui! Oh, uma Starburks! Vamos tomar um café!
-Vai na frente, eu te encontro lá, preciso achar um livro
-Não precisa fingir que é intelectual
Eu me afastei e pedi dois cafés na balcão. A moça de me olhou com um olhar curioso
-OMG, aquele com você não é aquele ator inglês?
-é sim
-ele é totalmente sexyt. Você não acha?
-eu? - eu dei de ombros – é...
Paguei e me afastei para uma mesa
Se eu o achava sexy?
Claro que sim. Mas, tipo, quem não acharia?
Não era nada pessoal.
Ele voltou pra mesa e colocou um embrulho nas minhas mãos
-O que é isto?
-Um presente
-hoje é meu aniversário?
-abra, K. Não dê uma de Bella, por favor
-não sou a Bella. Definitivamente.
Abri o embrulho e era um livro de poemas. Virgilio Doomed Love
-hum... Obrigada – nem sei porque eu fiquei meio sem graça.
Só porque ele me comprara um livro? Era ridículo.
Pra me manter ocupada, eu li a contra capa
-”o amor tem infinitas possibilidades ...” - o fitei com as sobrancelhas levantadas
-talvez se identifique com alguma
-tenho que me identificar com algum? Vamos ver – continuei a ler “ o amor platônico? Não. O amor virginal?
- sacudi a cabela negativamente – eu não sou virgem, não vai dar – ele riu e eu continuei – amor romântico?- talvez
-não sabia que era romântica
-não sabe nada – voltei a leitura – amor adultero, amor erótico – ele deu um risadinha e eu ignorei, mas sabia que estava vermelha - amor paternal, amor nostálgico, o amor não correspondido, o amor ilícito, para não falar de amor perdido, torcidos e obsessivos....
Eu o fitei
-e então, qual o seu? - ele perguntou me olhando nos olhos, os dedos brincando com o cabelo e um sorriso torno nos lábios.
Eu dei de ombros
-é muita coisa pra escolher.. e qual o seu?
-talvez um dia eu te diga
Ele me olhava como se tivesse algo mais rolando ali do que uma simples conversa hipotética sobre amor... ou estava ficando louca?
Talvez estivesse ficando louca, porque no minuto seguinte, ele riu descontraidamente
-acho melhor irmos, esta ficando tarde e ainda temos trabalho
-oh, agora você lembrou-se que estamos aqui a trabalho? - eu levantei também
-se eu esquecer tem sempre você pra me lembrar.
Nós saímos da loja e uma chuva fina caía. Ele levantou a jaqueta sobre nós dois e corremos pela rua, rindo.
E enquanto corríamos, ele segurou minha mão nas dele e um trecho do livro me veio a mente

“Eu tenho medo de que goste de ficar com você muito mais do que deveria.”

Eu deveria estar preocupada. Mas não estava. Me encostei mais nele e deixei que me guiasse através da chuva.

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